Noite dos Mortos Vivos

Noite dos Mortos Vivos

Ela estava lá fora na minha porta
A mesma garota que eu havia enterrado
Uns dois anos atrás
Podia ver a sujeira debaixo das unhas
Usadas para cavar a terra dura

O cheiro de formaldeído
Impregnou rápido a sala
Usava aquela mesma camisa velha
Lhe caindo até a cintura
Com a qual eu a havia deixado
Em sua cova escura

Andava silenciosa
Um passo após o outro
Em minha direção
As pupilas apagadas
Teimando em ser lembrada
Pronta para me devorar 
Ainda vivo