A cada vez
A cada vez que escrevo sem falar de você sinto como se ficasse mais forte A cada vez que palavras se desprendem de mim sem me levar a você me sinto mais vivo Quando seu sorriso não passeia em minha mente com aquela risada que me assombrava com toda a felicidade Cessada pela cara de cansaço por seu olhar de desprezo por ter me trocado como um brinquedo velho por outro brinquedo velho Mas ainda um pouco mais novo que esse brinquedo velho que escreve A cada dia que passa você se torna mais memória, que presente mais lenda, que pessoa A cada poema que passa Em que eu não falo sobre você parte de mim se esvai e eu agradeço Pois mesmo que lendo este, saberá que ainda que escreva sobre você Minhas memórias estão acabando Meus poemas estão acabando Você está acabando, morrendo como um filete de pensamentos que se esconde em três letras Lia.
Ecleticamente boêmio e desesperadamente romântico. Cada pé na bunda rende mil cervejas e alguns poemas.