Eu sei
Ela nunca teve ideia de quem ela era pra mim. Já eu, não fazia ideia do que ela seria pra mim. Talvez até hoje eu não saiba. Talvez daqui a alguns anos eu olhe pra trás e tenha certeza de que eu não sabia, que eu não fazia ideia
Eu sei que ela adora camarão, eu sei que ela tem nojo de bichos saindo de corpos humanos (mesmo mexendo com as tripas mais nojentas e ensanguentadas possíveis), eu sei que ela adora tudo o que você pode chamar de pop cult. GoT, Friends, TWD, Gilmore Girls, HIMYM, Stranger Things e qualquer outro enlatado americano, tipo Star Wars. Eu sei que ela morre de vergonha de qualquer representação pública de amor (Apesar de achar que no fundo, ela acharia lindo mesmo querendo enfiar a cara no chão, tipo um avestruz). Sei que a gente briga pra cacete quando o assunto é vegetarianismo porque ela adora uma carne mal passada, mas com certeza faz um kibe de soja como ninguém!
Em tão pouco tempo eu soube tantas coisas, que não tem como listar tudo o que eu aprendi sobre ela em um texto curto em prosa. Eu só consigo pensar nela enquanto escrevo isso. Só consigo pensar naquele cabelo dourado quase branco no meu travesseiro, nos fios que encontro diariamente até hoje, esparramados pelo meu edredom. Só consigo lembrar daquele sorriso incrível que me faz ficar estático (Repare que eu disse sorriso e não bunda. E que é bem incomum pra mim ficar tão embasbacado por um sorriso). São tantas minúcias e detalhes de uma pessoa tão completa que eu acho que jamais conseguiria descrever tudo o que ela é, ou quem ela é pra mim. Seu deboche irônico é complementado por sua doçura indescritível (Que ela tenta esconder e expurgar de si sem o menor motivo), que me atraem de uma forma inexplicável me fazendo questionar: Quem é ela?
Eu ainda não sei tudo sobre ela. Talvez eu nunca saiba. Mas eu realmente quero conhecê-la, eu quero desvendá-la em todos os dias que eu puder, pelo resto dos dias que eu tiver. Eu quero seu sorriso, eu quero seu cabelo, seu corpo, sua voz, seu cheiro, eu quero seu carinho, seu amor.
Eu quero minha platina ira.
Ecleticamente boêmio e desesperadamente romântico. Cada pé na bunda rende mil cervejas e alguns poemas.