Aquela quarta-feira

 Aquela quarta-feira

 Não existe nada como aquela quarta-feira. Nem de longe, nada se compara à nossa capacidade de ficar de pernas pro ar sem fazer absolutamente nada além de transar, comer besteira e ver filmes da Disney. 

 Eu gosto de pensar que o que me deixa bobo, não é só o fato de eu estar completamente apaixonado por você. Mas o fato de eu prestar atenção em todas as suas sutilezas e aos pequenos detalhes de quem você é. É rir quando você me disser que tem uma paixão absurda por portas mas ficar deliciosamente embasbacado com isso (Afinal, ninguém que eu conheci amava portas. Só você). Você não tem ideia (Ou talvez tenha) de como é bom poder ter certeza que nós podemos escolher o presente um do outro e acertar em cheio na melhor opção disponível, que podemos fazer as piadas mais idiotas juntos, que nossos papos cabeça são absurdamente bons pra minha cabeça (Que muitas vezes anda meio fora de ordem).

 Aquela quarta-feira foi incrível, mesmo com o sol de 38º. Naquela quarta-feira podia chover, ventar, nevar, podia fazer o tempo que for. Ainda sim, seria o tempo mais gostoso, dividido com você. Seria o tempo da gente comer pizza no ar condicionado, passar o dia transando e por fim assistir Hércules e ficar espantados com as semelhanças que temos com a Meg e o H. Não é mesmo? 

  Aquela foi a a tarde em que paramos o tempo para esquecer tudo o que corria lá fora, paramos pra sentir a inexistência da rotina, pra sentir nossos corpos dançando horizontalmente entrelaçados, trocar elogios, sorrisos, pra tornar aquela quarta um dos dias mais especiais que nós vivemos.

 Aquela quarta-feira foi só o início de todas as nossas outras feiras.