Minha platina ira
Eu realmente não estava esperando conhecê-la aconteceu de forma muito espontânea Lá estava eu, como sempre numa mesa de bar acompanhado de uma witbier e um guardanapo rabiscado Ela passou com seus cabelos platinados sinuosas curvas e uma uma bunda fenomenal Foi direto ao bar e aparentemente serviu-se de um drinque O lugar estava vazio, afinal era uma quarta feira no fim da tarde A sociedade estava mais ocupada indo para casa preparar o jantar Menos ela Ela pegou seu drinque, uma cerveja puxou uma cadeira da mesa e me perguntou o que eu estava fazendo com o guardanapo -Riscando memórias de algumas mulheres que não vejo mais.-
Me perguntou o porquê de versos riscados, e a vontade de esquecer as mulheres -Qualquer mulher bonita nos tem nos dedos, Usam e abusam da gente e fazem o diabo. Acho que por isso que eu bebo e escrevo- -Pra afogar as mágoas das mulheres?- Ela perguntara. -Sim. Às vezes pra lembrar também. Não das mulheres, mas dos traços delas. Das manias que cada uma tinha. De suas belezas individuais e únicas que tornavam elas Diferentes de todas as outras. De tudo que me faz lembrar de cada uma delas.- -Você romântico é irresistível.- -Eu sou um tremendo idiota, isso sim.- -Não é não. Você é um idiota diferente. Um dos idiotas mais incríveis que eu já conheci.-
Ela sorriu pra mim, e passou-me mais uma cerveja De lá pra cá, ela tem estado presente até o momento.
Ecleticamente boêmio e desesperadamente romântico. Cada pé na bunda rende mil cervejas e alguns poemas.