O dia em que você sumiu

O dia em que você sumiu

 É, você avisou que isso iria acontecer. Ocasionalmente eu ia perder o fio da sua existência e consequentemente a gente ia parar de se falar, hoje, amanhã, talvez sempre. Não sei…

 Só queria dizer que um dia que passa sem o seu bom dia, não valeu. Se esse dia passa sem você me mostrando aquele seu sorriso sem graça enquanto faz uma piada idiota comigo, esse dia não valeu. É, eu sei, a gente tá longe (Bem longe) um do outro. Mas eu não posso dizer que sinto falta? Por que eu sinto falta pra cacete, sabia?

 Mas eu sei, você é um passarinho livre e eu um cachorro que gosta de passear às vezes, mas no final, sempre volta pra casinha.

 Infelizmente, eu não sou um revolucionário nato, não defendo as causas na rua, na luta diária. Eu não sei tanto assim de língua portuguesa, eu não sou uma garota linda, alternativa que atrai teus olhares. Eu sou só assim, eu. Aliás, nem sei como você foi me dar ideia, pra começo de conversa. Mas que bom que deu. Assim eu tenho algo de interessante pra contar pros meus netos. Tipo, como a gente se conheceu (sendo eles seus ou não).

 Mas você sumiu, como disse que ia sumir. E eu estou tentando levar isso bem de boa, apesar de já ter escrito umas cinquenta vezes e apagado antes de enviar, mesmo quase te mandando umas imagens idiotas de internet, só pelo prazer de dividir. Eu já olhei pra tuas fotos algumas boas vezes, mas eu realmente não sei o porquê de tanta preocupação com o fato de você se ausentar por uns Dias. Não é racional…

 Mas o que é a racionalidade, não é mesmo? Eu não sei. Eu só sei que você sumiu, e mesmo que eu entenda o motivo, eu estou aqui do outro lado, torcendo de dedinhos cruzados que você venha me dar aquele seu “bom dia” gostoso, ou que me chame no Skype só pra me contar tudo o que aconteceu na tua semana.

 Só queria dizer, que tá tudo meio sem sal, tudo quadrado, tudo meio preto e branco, sem aquele rosa que você traz pra minha vida.

Você sumiu, mas espero que volte logo.