Um poema para sumir no meio de tantos

Um poema para sumir no meio de tantos

As manhãs me destruíam
Nunca era consentido
Sempre um estupro

Tentava acordar às 5, mas era sempre
Por volta de 6 ou 7 que eu levantava
Cada dia eu sabia que estaria de volta somente
Às 23

Tanto tempo perdido na rotina diária
Em um mundo que lhe aparenta escolhas
Quase como deus dizendo:
Acredite em mim
Ou queime no inferno

Olhando pela janela a cidade
Que desejava apenas devorar seus habitantes
Um verdadeiro matadouro
Às vezes pensava
Que minha vida não era mais minha

Foto: Christopher Campbell