Sonhos de um Velho Oeste

Sonhos de um Velho Oeste

Sonhei com este oeste velho
Em uma angulosa cidade
Onde a noite tingia o mundo de azul
Uma cor seca e sombria

Entrei no bar
E dei um tiro num cara
Por alguma rixa antiga

Alguém chamou o xerife
E eu me escondi armado
Atrás do balcão
Com meus reféns

Mas fui descoberto
E matei o xerife
Que tentava me alcançar
Por entre tábuas velhas de madeira

Todos começaram a gritar
E eu pensei:
"Que se foda"
Atirei no sujeito mais próximo
Com uma carabina
Bem no meio da testa

E fui fazendo isso
Apontando o cano da arma
E puxando o gatilho
Até que todo mundo lá dentro
Estivesse tão bonito
Quanto Kurt Cobain

Mais pessoas chegaram
E apesar das manchas de sangue
Me misturei na multidão

Um sujeito com algo que parecia um carro
Moreno, de terno e brincos
Vendia uma jovem prostituta
Sua filha eu acho
Da mesma cor
Com um vestido teatral e claro

Levantei a saia dela
E passei os dedos por sua boceta molhada
Depois a pus nos ombros
E a tirei dali

Sabia que logo iriam me pegar
Mas como diziam no velho oeste:
"Antes morto do que vivo"
De qualquer maneira
Precisava me apressar

Levei-a para o banheiro do bar
Do lado de fora
Com o chão encharcado de urina
Ela se assustou com os mortos
E eu puxei seu vestido
Expondo os pequenos seios

Agarrei o corpo magro
E a virei de costas levantando a saia
Puxei o pau para fora
Pronto para fodê-la

E então acordei

Tenho certeza
Que em algum lugar
Tem alguém rindo

Dizem que carregamos 
Duas coisas dos animais
Instintos de sexo e violência
Mas no ser humano
Isso é mais uma paixão