Segunda de Manhã Avistei-a ainda dentro do prédio Passou rápido pelo portão, Aparecendo e sumindo entre as barras brancas Apressei o passo, decidido á alcançá-la Mas ela tinha asas E voava pelo calçadão entrecortado de pedras Era uma perseguição Embora apenas eu soubesse disso Embora ela caminhasse pelo mesmo caminho Que eu fazia todos os dias Perguntei-me onde estava Em todos os outros Não era absolutamente fantástica Magra demais, pálida como osso Com uma bunda que rebolava para dentro Talvez fossem os cabelos vermelhos Ardendo e queimando Na manhã de segunda