Não me deixe
Talvez seu fim seja realmente esse. à borda dos vitrais de sua janela num sobrado no centro fumando um cigarro Sozinha O rádio tocando “Ne me quitte pas” não na voz de Jacques Brel, não! numa voz feminina, mais romântica, dolorosa como Maysa Sozinha Não que você merecesse não que você quisesse Mas alguma coisa em você te puxava pra toda essa solidão Era um cenário poético do qual eu adoraria fazer parte mas você nunca deixou você nunca quis E fumando seu cigarro solitário ao som dessa música, sua cabeça viajará até mim Que podia estar ali com você, te pintando te colocando em fotografias, ou até mesmo num poema como este Mas você nunca deixou você nunca quis. Foto: Bypedro
Ecleticamente boêmio e desesperadamente romântico. Cada pé na bunda rende mil cervejas e alguns poemas.