Como um Folclore Ainda lembro-me daquela ruiva De olhos verdes tão claros Que eu seria capaz de nadar neles Olhos que divagavam com o álcool Oscilando levemente Como o balanço de um barco Eu poderia ler sua mente De tão previsível E talvez não encontrasse nada Se buscasse algo lógico Fiquei admirando aquela ruiva Ás vezes rindo dela Naquele lugar Onde cresciam mais árvores que prédios Até que ela fugiu E eu não fiz nada Não há segundas chances E ainda penso Naquela ruiva Ilustração de Mario Maundrell